Na estreia de Riascos e Robinho como titular, dupla desequilibra, e Raposa faz 1 a 0 com autoridade no Mané Garrincha. Alvinegro se aproxima da zona de rebaixamento
Se a primeira vez a gente nunca esquece, a partida da noite desta quarta-feira, no Mané Garrincha, em Brasília, garantiu um lugar na memória dos cruzeirenses. Depois de quatro rodadas, enfim o Cruzeiro conquistou a primeira vitória no Campeonato Brasileiro. E foi com autoridade. Fora de casa, a equipe do português Paulo Bento e dos estreantes Riascos e Robinho como titulares foi superior ao Botafogo e venceu por 1 a 0, gol de Élber. Resultado que tira o time da zona de rebaixamento e alivia a pressão na Toca da Raposa. Ao mesmo tempo, aumenta a cobrança em General Severiano, e o Alvinegro só não corre o risco de voltar ao Z-4 na rodada porque América-MG e Ponte Preta, dois concorrentes diretos, se enfrentam nesta quinta.
O Cruzeiro chegou a cinco pontos e tomou a 13ª colocação que pertencia ao Botafogo, agora o 15º, antes de a rodada começar. O Alvinegro volta a campo no domingo, quando enfrenta o Santos às 11h (de Brasília), no Pacaembu, em São Paulo. No mesmo dia, só que às 18h30, a Raposa recebe o São Paulo no Mineirão.
... Foram praticamente todos do Cruzeiro, que chegou a ter 64% de posse de bola. As duas equipes entraram em campo muito modificadas, e o entrosamento que corria risco de não aparecer deu as caras só de um lado. Riascos e Robinho, que estreavam como titular, fizeram um salseiro na defesa alvinegra: o primeiro, arisco, não parava de se movimentar e arrastava a marcação para tudo que era lado, enquanto o segundo organizava as jogadas. Foi dele o lançamento primoroso no gol aos 26: Fernandes errou um passe que armou o contra-ataque que terminou nos pés de Élber, com um chute por baixo de Helton Leite. Dez minutos depois, quase sai o segundo em jogo praticamente igual. O desarrumado Botafogo só foi saber o que era finalizar (e jogar) no segundo tempo. Anderson Aquino, cobrando falta, e Sassá, de cabeça, acertaram o travessão. E quando Leandrinho concluiu na direção certa, Bruno Rodrigo evitou o empate. A pressão não surtiu efeito.
Ameaçou, ameaçou, mas não é que teve "fair play"? O técnico português Paulo Bento avisou após a rodada anterior que o Cruzeiro não iria mais colocar a bola para fora para atendimento médico. Mas quando Victor Luis sofreu uma falta no ataque que o árbitro não deu, a Raposa saiu no contra-ataque e depois, atendendo a pedidos dos alvinegros, tocou pela linha lateral para que o lateral caído fosse atendido. O Botafogo também havia ameaçado não fazer o "fair play".
A dupla estreou como titular no Cruzeiro e desequilibrou. O meia foi o maestro da equipe, organizando as jogadas. Foi dele o lançamento primoroso para o gol de Élber. E o atacante, acostumado a enfrentar o Botafogo no Carioca, armou um carnaval na defesa adversária q só não deixou o dele porque errou a mira numa chance cara a cara com Helton Leite.
O goleiro, que foi alvo de críticas de torcedores pelos gols sofridos nas duas primeiras rodadas, contra São Paulo e Sport, voltou a ser questionado pelo gol diante do Cruzeiro: o chute de Élber passou entre suas pernas. Para piorar sua situação, há uma certa pressão nas redes sociais pedindo a estreia do recém-contratado Sidão, vica-campeão paulista pelo Audax.
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