Em Edson Passos, nova casa provisória, time de Levir Culpi domina com facilidade a etapa inicial e constrói placar. Mineiros ensaiam reação, mas afundam na tabela
Diante de um Cruzeiro apático e desorganizado no primeiro tempo, o Fluminense construiu a vitória por 2 a 0 em 45 minutos de superioridade em Edson Passos, estádio do América-RJ que será a nova casa provisória dos tricolores enquanto Maracanã e Engenhão permanecem fechados. O time mineiro reagiu na etapa final, foi ao ataque, tentou buscar o empate, mas parou em Cavalieri e na zaga tricolor. O primeiro gol foi de Cícero, aproveitando rebote após cabeceio de Henrique e defesa difícil de Fábio. Marcos Junior, cobrando pênalti que ele mesmo sofreu, fez o segundo. O resultado deixa a equipe de Paulo Bento na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O público pagante foi de 8.381 pessoas e mesmo assim houve alguns problemas no acesso antes da partida.
Com a vitória, o time de Levir Culpi respira na tabela com 21 pontos e fica a cinco do Santos, último do G4. O Cruzeiro está na outra ponta da tabela e fica na zona de degola com a derrota - pode descer até a penúltima posição em caso de vitória do Sport sobre o Grêmio neste domingo e empate ou vitória do Coritiba diante do Atlético-MG nesta segunda-feira. O Fluminense volta ao gramado pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo, contra o Atlético-PR, às 16h, na Arena da Baixada. No mesmo dia e horário, o Cruzeiro receberá o Sport no Mineirão.
O Fluminense começou a partida a todo vapor, tentando fazer o Cruzeiro recuar. E, além de alguns espaços para contra-ataques puxados por Sóbis, teve sucesso. Logo aos seis minutos, o primeiro gol. Milagre de Fábio na tentativa de Henrique, de cabeça. Mas, no rebote de Cícero, não houve jeito: 1 a 0. O Cruzeiro passou a avançar mais, porém sem criar chances. Aos 18, por pouco Gum não amplia de ombro após cobrança de falta. O chute de Douglas também foi para fora aos 20, mas, aos 23, mesmo de costas para o gol, Marcos Junior foi puxado na área por Bruno Silva. Ele mesmo cobrou com categoria, já aos 25: 2 a 0. O Cruzeiro, apático, assistia ao Fluminense passear em campo. Aos 27, Douglas rabiscou na área, mas bateu em cima de Fábio. Tudo com muita facilidade. O Cruzeiro só ameaçou aos 33, quando Bruno Henrique se antecipou pelo alto a Diego Cavalieri, que saiu mal, e quase empatou.
O Cruzeiro voltou com mais ímpeto no segundo tempo e com um minuto Ábila já deu um susto em Cavalieri após arrancada em velocidade. No escanteio, Henrique desviou a bola que tinha endereço certo no cabeceio de Bruno Viana. Aos seis, Sóbis tentou na área, e foi a vez de Johnathan salvar. Pressão mineira, e Fluminense acuado. O time de Paulo Bento seguiu tentando buscar um gol para incendiar a partida, mas aos poucos a equipe de Levir Culpi foi minando o ímpeto do rival e retomando os espaços. A partida voltou a ficar equilibrada e com poucas chances. Riascos ainda lutou no ataque, mas foi pouco para colocar em xeque a vantagem do rival, que administrou o resultado.
Marcos Junior foi o destaque em um Fluminense no qual a grande qualidade do dia foi o jogo coletivo, especialmente no primeiro tempo, quando dominou o Cruzeiro com tranquilidade. Na etapa final, também vale ressaltar a paciência para segurar o ímpeto do Cruzeiro e administrar a vantagem. No segundo tempo, Maranhão também esteve bem e Cavalieri fez boas defesas.
Não fossem as defesas milagrosas de Fábio, o Cruzeiro poderia ter terminado o primeiro tempo e desvantagem ainda maior. Mesmo no lance do primeiro gol tricolor, em que Cícero marcou no rebote, operou um milagre no cabeceio de Henrique. Na etapa final, o Cruzeiro mudou completamente e foi ao ataque, com destaque para Rafael Sóbis. Mas foi pouco para igualar o placar.
Fonte: GE
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