Tricolor mostra força após queda na Libertadores, sai na frente, cede empate e cria chances para encerrar tabu. Timão, sem referência na área e muito aberto na etapa final, vê Verdão abrir três pontos
Um Corinthians desorganizado, confuso e nervoso contra um São Paulo bem montado e fisicamente inteiro, mesmo após a eliminação da Libertadores na Colômbia. Esse foi o retrato do jogo em Itaquera, onde o Tricolor nunca venceu, mas mostrou uma força que ainda não havia mostrado. O jogo terminou empatado em 1 a 1, mas com os são-paulinos saindo mais felizes de campo, com a certeza de que podem enfrentar qualquer time de igual para igual, mesmo com a saída de Ganso. Já os corintianos saíram ressabiados com as deficiências ofensivas. Cristóvão Borges chegou a ser vaiado na troca de Marquinhos Gabriel por Rildo
Quem saiu ganhando com o empate em Itaquera foi o Palmeiras, que venceu o Inter em Porto Alegre e agora tem três pontos de vantagem sobre o Corinthians (32 a 29). O São Paulo, oitavo colocado, chegou a 22, quatro pontos atrás do Santos, último time do G-4.
Cristóvão Borges apostou em Danilo como "falso 9". Aos 37 anos, sem mobilidade, ele não conseguia pressionar a saída de jogo do São Paulo, que, por sua vez, fazia bem esse papel de marcar mais em cima quando o Corinthians tinha a bola. Cueva não é armador como Ganso, mas tem velocidade e tem o drible. Assim, conseguiu quebrar a defesa corintiana no lance do pênalti. O empate alvinegro veio com o volante Bruno Henrique mostrando presença de área para pegar um rebote de Marquinhos Gabriel. O jogo abriu no segundo tempo, e mais chances de gol passaram a surgir - dos dois lados. Cássio e Dênis apareceram com boas defesas. Mas foi mesmo o São Paulo que se mostrou melhor, com o Corinthians muito aberto na defesa e sem nenhuma referência na área.
O São Paulo abriu o placar aos 15 minutos com Cueva, aproveitando pênalti sofrido por ele mesmo - o peruano fez boa jogada pela esquerda e foi derrubado por Yago. O empate do Corinthians veio seis minutos depois, com Bruno Henrique pegando rebote de um chute de Marquinhos Gabriel. A primeira etapa terminou com equilíbrio: o Corinthians teve 52% da posse de bola, contra 48% do São Paulo. O número de finalizações foi baixo: quatro do Timão, duas do Tricolor. Chamou a atenção a quantidade de dearmes do São Paulo: 44 contra 18. Nas roubadas de bola, 14 a 11 para o Tricolor.
O jogo ficou muito mais aberto, principalmente por conta do comportamento do Corinthians, de se lançar ao ataque a todo custo - a essa altura, já havia a informação de que o Palmeiras vencia o Inter em Porto Alegre. O São Paulo, surpreendentemente, se mostrou bem fisicamente, apesar da desclassificação na Libertadores, na Colômbia, na última quarta-feira. Com o Timão muito aberto na defesa, o Tricolor ganhou campo e criou chances para vencer e acabar com o tabu em Itaquera. Não conseguiu. Bauza apostou até em Gilberto, que fez sua estreia pelo São Paulo depois de apenas dois treinos. Faltou qualidade na finalização. Já o Corinthians, que ainda teve o retorno de Elias após um mês, criou muito pouco e, em vários lances, não contava com ninguém na área. Cristóvão chegou a ser vaiado no momento da alteração de Rildo por Marquinhos Gabriel.
Um torcedor do Corinthians atirou um copo para dentro do gramado após o gol de Cueva. Um dos gandulas pegou o objeto. O caso foi relatado na súmula pelo árbitro Péricles Bassols (RJ).
Uma briga entre corintianos e são-paulinos foi registrada em Carapicuíba, a 47 km da Arena Corinthians, em Itaquera. Vale lembrar que, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, todos os clássicos paulistas são realizados com torcida única nos estádios.
O próximo jogo do Corinthians será no sábado, contra o Figueirense, às 16h, novamente em Itaquera, em partida que deve marcar a reestreia de Alexandre Pato. O São Paulo terá outra pedreira pela frente: o Grêmio, domingo, às 16h, em Porto Alegre.
Fonte: GE
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