Plataforma de vídeo foi acusada de expor menores de idade em vídeos inapropriados e de coletar informações pessoais sem permissão dos pais.
Após um acordo amigável entre a FTC (agência federal de defesa do consumidor) e a Procuradoria Geral do estado de Nova York, o Google aceitou em pagar uma multa de US$ 170 milhões (cerca de 708 milhões de reais) após ser acusada de expor menores de idade a vídeos inapropriados e de coletar informações pessoais em sua plataforma sem a permissão dos pais. Do valor total, 34 milhões ficariam com o Departamento de Justiça e 136 milhões ficariam com a FTC.
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O acordo, que teve oposição de dois dos três comissionados que compõem a FTC, por considerarem que não era rigoroso o bastante, obriga o YouTube a mudar seus métodos.
Em nota, o diretor da FTC, Joe Simons, disse que o YouTube se beneficiou de sua popularidade entre crianças (para negociar) com companhias que eram possíveis clientes. Contudo, quando se tratava de respeitar a lei, a empresa se negou a reconhecer que parte de sua plataforma estava claramente destinada a crianças. “Não há desculpas para a violação da lei por parte do YouTube”, concluiu.
A diretora da plataforma de vídeos, Susan Wojcicki, disse em comunicado após o acordo ser anunciado, que promete que tratará os dados de quem assiste programas infantis no Youtube como se fossem de uma criança, independentemente da idade do espectador. A compilação de dados se limitará aos necessários para o bom funcionamento do serviço e não haverá publicidade dirigida sobre este tipo de conteúdo.
Em abril de 2018, 23 organizações de defesa dos direitos digitais e de proteção da infância haviam apresentado uma ação à FTC. Nela, acusavam o YouTube de coletar dados pessoais de menores (como localização, aparelho usado e número de telefone) sem o conhecimento dos pais, usando esses dados para autorizar publicidade dirigida.
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